quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Esqueça os livros, baby.

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Deu um longo suspiro: o que há mesmo para fazer, além de continuar seguindo em frente? Tudo poderia ser mais bonito ou mais fácil ou até mesmo mais intenso como era nos filmes, músicas. Sempre exigimos demais, queremos fazer da nossa vida uma literatura, queremos imitar aquilo que ficam berrando no nosso ouvido o tempo todo: amor amor amor, mas não é bem assim que acontece, baby. É mais difícil, com menos floreios, com mais decepções e com menos verdades. Ele não volta no dia seguinte, ele não vai te mandar flores. Esquece essa história de cavalo branco ou essa coisa toda de forever, esquece. Esquece essa coisa toda de dizer uma coisa para que ele entenda outra e faça sua vontade. Na maioria das vezes, não vai fazer. Nem voltar. Vai seguir em frente, te pedir para fazer o mesmo, então siga em frente.

Suspirou novamente, teve vontade de chorar e comer chocolate, além de uma preguiça de começar  tudo de novo. Mas, como diria cazuza "Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida, tão desprevenida e exata, que um dia acaba". Ah sim, ela acaba. Tem dias que a vida acaba e recomeça numa só tarde não é mesmo? Bela e Cruel.

Colocou cazuza para tocar. Escreveu algumas palavras, essas que você lê agora, ou quem sabe outras? Queria dizer tudo que estava engasgado na garganta. Queria recomeçar, queria ir junto com o embalo da maré, e mesmo que o mar fosse turbulento e que houvessem tempestades por ora, mergulharia fundo e passaria por tudo isso. Sempre passa. Nem sempre é como queremos ou como vemos nos filmes, livros, músicas e afins. Mas passa.

Mais um suspiro: o que há mesmo de para se fazer, além de continuar sendo protagonista das histórias que ninguém conta?

Ao som de: Ritual, Cazuza. Obrigada, poeta.

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