terça-feira, 23 de junho de 2009

E o sacrifício valeu a pena!



Um amigo meu sempre diz: A vitória está disponível pra quem está disposto a pagar o preço. Ou algo assim.

Mas uma coisa eu sei: a vitória não é nada barata. Por isso que quando estamos lá no lugar mais alto do pódio, a sensação é indescritível. Cada um sabe o esforço que teve pra chegar lá. Ganha quem treina, quem sofre,

quem persiste.

E, obrigada meu Deus, eu ganhei essa etapa. Foi difícil, foi mais difícil ainda minha luta contra a balança, o peso que não saia. Tive que correr antes da pesagem por causa de 300g. Eu já não tinha saliva na minha boca, já não conseguia fazer xixi, as pernas já não respondiam mais. Mais eu tive correr, eu não ia desistir por causa de 300g. Corri chorando as lagrimas que eu já não tinha, contei com a ajuda dos meus amigos que me deram forças. E consegui. Em um dia o sacrifício de semanas de treino foi recompensado. Fui hexa-campeã catarinense, na categoria sub 23 até 48kg. Me classifiquei agora pra uma etapa ainda mais difícil: o Brasileiro. E eu sei que o preço dessa vitória vai ser ainda mais caro, mas eu estou disposta a pagar. Então, que venham os treinos, os roxos na perna, os sacrifícios, a ausência de batata-frita e coca-cola, o cansaço, porque o gosto da vitória e a sensação de dever cumprido supera tudo isso.

terça-feira, 16 de junho de 2009

TPP

TPP: Tensão Pré Pesagem. É isso que eu tenho agora.
Pra quem não sabe, deixe-me explicar: No judô, as categorias são divididas em peso e idade. Eu luto na categoria até 48 kg. Só que eu nunca tenho 48 kg. (Ou melhor, eu nunca tinha, quando eu era uma judoca relaxada e sem preparador físico e nutricionista, mas nos próximos meses a coisa vai melhorar). Mas enfim, o mal de quase todo judoca é deixar pra perder s kilos na última semana, e eu falo de 4, 5, 6 kilos em 5 dias mais ou menos. A gente reduz muito nossa alimentação (praticamente alface e tomate é o que eu to comendo), e tem que treinar com muitos casacos, e correr muito. Quando eu digo muito, é muito mesmo. E isso meio que estressa.
Eu, por exemplo, sou muita chata quando eu tenho TPM. Mas quando to de TPP sou 10 vezes pior. Não tenho paciência pra falar com ninguém, pra ser simpática com ninguém. E é sempre nessa semana que as pessoas vem te oferecer chocolates, te convidar pra almoçar, te vender guloseimas (aquelas que nunca aparecem quando você tem dinheiro e/ou pode comer). Eu tenho vontade de matar a Ana Maria Braga toda manhã quando eu ligo a TV. Eu to morrendo de vontade de pular no pescoço das 5 pessoas que estão agora na mesa da frente, comendo bolo e brigadeiro. Brigadeiro. Pegaram pesado comigo.
Bom, a gente sempre tem vontade de desistir no meio da semana e comer um x-salada. Tem um hora que as pernas não respondem mais, e que você tá tào desidratada que não sua muito. E o pior é que a gente sabe que ta errado, mas sempre faz.
Tá, agora eu não vou poder mais fazer isso. A TPP vai diminuir no próximo campeonato, se não o nutricionista me mata.
Só vou contar um segredo: Isso tudo é ruim, mas na hora que a gente se pesa, e o peso bate, e depois a gente pode comer.... Não tem como descrever a sensação. De verdade. Só quem é judoca sabe. Mas enfim, nunca façam essas dietas loucas ok?
Bom, desculpem a ausência toda (culpa da TPP), mas os treinos tão pesados mesmo, e eu to sem tempo. Mas volto assim que puder, no mais, me desejem boa sorte no campeonato de sábado, e na pesagem também :)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Olhos


imagem:http://gettyimages.com.br



Não sei bem onde foi que eu errei: me concentrar no seu sorriso branco alinhado perfeitamente, ou no seus olhos azuis, um azul claro, mas que me ofuscou o pensamento.

Tu não devias ter me olhado tão intensamente. Não sei se a malícia que eu vi no fundo dos teus olhos enquanto me lançava um sorriso juvenil foi algo que criei, mas sei que foi ali, naquele momento. Foi naquele momento que eu disse a mim: Não olhe demais, não pode se apaixonar agora. Mas foi exatamente naquele momento enquanto eu repetia bobamente na minha cabeça que eu não queria me apaixonar, que acabou acontecendo.

E eu sempre volto pra casa, imaginando que essa paixão foi algo que criei, pra me distrair. Pra não me sentir tão sozinha, pra apagar o vestígio de uma certa paixão que ainda vive em mim.

Alguém me disse, que isso pode aumentar mais a ferida. Que era melhor eu ficar na minha, quieta, vazia, sozinha. Sozinha eu me encontro mais? Pode ser, desde que eu fique longe dos teu olhos azuis. Porque, meu bem, assim que eu te vejo,e tu me olhas, me perco completamente. E nesse momento, não quero nem pensar em me achar, parecer perdida é mais convidativo.